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Minha Casa Minha Vida pode estar com os dias contados?

Fim do programa influenciaria diretamente a economia do país

O medo da falta de recursos para o Programa Minha Casa Minha Vida tem levado grandes construtoras a repensar a formar de investir no mercado da construção e até mesmo de migrar para outras modalidades com mais possibilidades de retorno com a venda. No entanto, uma medida como essa pode não se apresentar bem e influenciar diretamente na aceleração da economia do pais.

Segundo o consultor jurídico da Associação dos Mutuários da Habitação (ABMH) em Rondônia, José Carlos Lino Costa a questão das contas de FGTS e liberação dos recursos para outras finalidades são as maiores preocupações das construtoras. “Infelizmente, o Programa Minha Casa Minha Vida de fato já foi afetado por falta de recursos para financiamento e isso atrapalha sobremaneira os investimentos dos construtores e também, obviamente a realização do sonho da casa própria”, contata.

De acordo com ele, é importante separar, nesse caso, a dupla função do FGTS. Para os construtores, ele serve com um funding para captação de recursos para construção do empreendimento. “Para os mutuários, ele serve como um o inicial para aquisição da casa própria, pois ele é dado como entrada. Além disso, ao vincular o financiamento ao FGTS o mutuário a a ter taxas de juros mais atraentes que as taxas dos financiamentos vinculados à poupança”, completa.

No contexto macro da economia, uma desacelaração das construções vinculadas ao PMCMV não é algo muito bom, pois é um programa social de extrema eficácia e que é capaz de injetar muito dinheiro no mercado, como, explica o presidente da ABMH. “A grande capacidade de venda das unidades é o maior trunfo do programa e também o maior atrativo das construtoras. Contudo, se existe um risco de falta de recursos tanto para construção quanto para o financiamento, uma fuga das construtoras desse setor pode acabar impactando no mercado econômico de uma forma geral”, diz José Costa.

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