Safra brasileira de café pode ser a segunda maior da história do Brasil
Caso se confirme a perspectiva, será a segunda maior safra brasileira de todos os tempos, atrás apenas da colheita de 2018.
Este ano, o Brasil deve ter a segunda maior safra de café da história do país. É o que indica o 3º Levantamento da Safra 202o, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ao todo, devem ser colhidas 61,6 milhões de sacas beneficiadas, considerando os tipos arábica e conilon.
Esse valor significa um aumento de 25% em relação ao ano ado. Caso se confirme a perspectiva, será a segunda maior safra brasileira de todos os tempos, atrás apenas da colheita de 2018. Nesse período, a produção total chegou a 61,7 milhões e a de arábica, a 47,5 milhões de sacas. A área total é estimada em 2,2 milhões de hectares.
Essa estimativa pode incentivar o produtor do campo a fazer novos investimentos em suas cultura, que vão desde compras de tratores Massey Ferguson, por exemplo, a contratação de mão de obra qualificada. No entanto, embora seja preciso garantir os bons resultados, deve-se ter atenção, já que a safra está na etapa final, com mais de 90% da produção já colhida.
Talvez neste momento, o ideal seja realizar compras com parcimônia. Ou seja, sem exagerar nos gastos. Uma alternativa interessante é ir em busca de trator usado a venda. Assim, é possível ter mais maquinário para realizar o trabalho, sem ter o orçamento comprometido. Vale dizer que a consolidação dos dados será feita pela Conab somente em dezembro, na divulgação do 4º e último levantamento da safra 2020.
Com produção estimada em 47,4 milhões de sacas, o destaque desta safra é o café arábica. Em números percentuais, ele deve ter um crescimento de 38,1% sobre o ano ado e se aproximando do recorde de 47,5 milhões de sacas alcançado na bienalidade positiva de
- Neste ano, o clima foi favorável nas fases de floração e frutificação.
Já para o café conilon, a produção enfrentou desafios em relação as condições climáticas no Espírito Santo, durante a fase de floração da cultura. Isso teve impacto no potencial produtivo das lavouras, resultando em queda de 5,1% na produção nacional, prevista em 14,3 milhões de sacas.
Quando feito um recorte por estados nacionais, o maior produto, Minas Gerais deve colher 33,5 milhões de sacas, 36,3% a mais que no ano ado. Nesse contexto, 99,1% será de arábica e 0,9% de conilon. Para o Espírito Santo, maior produtor nacional de conillon, a estimativa é de 13,6 milhões de sacas, com aumento de 49,1% para o café arábica. Ou seja, 4,5 milhões de sacas e queda de 13% para o conilon, com 9,1 milhões de sacas.
São Paulo deve colher 6,2 milhões de sacas de arábica e a Bahia, 4,1 milhões, com o aumento de área em produção, áreas irrigadas e clima mais favorável. Outros estados do Brasil, como Rondônia, a expectativa é de 2,4 milhões de sacas de conilon, enquanto no Paraná, de 937,6 mil sacas de arábica. Das lavouras do Rio de Janeiro devem sair 346 mil sacas de arábica; de Goiás, 240,5 mil sacas também de arábica e, de Mato Grosso, 158,4 mil sacas de conilon.