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Projeto incentiva mulheres venezuelanas a começarem um empreendimento

O setor de alimentação é um dos que mais cresce no Brasil, principalmente as empresas que fazem entrega em domicílio, os famosos delivery. Uma pesquisa desenvolvida pela DataHub, plataforma de Big Data & Analytics, revelou o aumento de 76,6% na abertura de empresas responsáveis pela entrega de alimentos, como bares, restaurantes e lanchonetes. Os dados são de 2019 a 2021, durante a pandemia de Covid-19. 

Com o objetivo de apoiar mulheres venezuelanas a empreenderem na área gastronômica, a Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos está promovendo o projeto Mujeres Fuertes, realizado com recursos de reversão trabalhista do Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). 

A instituição inaugurou uma cozinha profissional em sua sede, que serve de apoio para as venezuelanas prepararem os alimentos, entregou kits com eletrodomésticos e utensílios, além de um recurso financeiro para apoiar durante o início e desenvolvimento de seus empreendimentos. Foram doados três tipos de kits, sendo 21 kits para mulheres que vendem bolos e doces, 21 kits para as que preparam pratos variados e dois kits para as que atuam com comidas e sucos. 

O diretor presidente do Hermanitos, Tulio Duarte, informou que o projeto tem o objetivo de formar uma rede de amparo e de trabalho entre as mulheres. “Esse é um trabalho que auxilia elas a criarem seus próprios negócios e, agora, com a inauguração da cozinha em nossa sede, vão ter um local para preparar os seus produtos gastronômicos, seu material de venda, garantindo autonomia. Estaremos sempre de portas abertas para acolhê-las”, disse.

     A procuradora-chefe do MPT AM/RR, Alzira Costa, afirmou que a instituição vem acompanhando a causa de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanos há algum tempo em Manaus.

    “Dessa vez a gente teve um olhar e um recorte específico para as mulheres, que estão em situação de vulnerabilidade, são chefes de família e têm maior dificuldade de inserção socioprodutiva, seja no emprego formal, seja em outras atividades relacionadas à geração de emprego e renda”, declarou a procuradora.

 Já para a assistente de Meios de Vida do ACNUR, Laís Rigatto, o projeto serve de impulso para que mulheres refugiadas e migrantes possam retomar a vida de forma segura no Brasil.

“É um projeto que busca apoiar e impulsionar formas sustentáveis de geração de renda para mulheres chefes de família em deslocamento. Isso a por assegurar condições básicas para que se mantenham em um lugar seguro, enquanto recebem formações e iniciativas de empoderamento para preparar-se para uma jornada empreendedora no Brasil”, explica Laís.

    O ACNUR também realizou a entrega de kits de utensílios de cozinha e de um cartão com auxílio financeiro para as 46 mulheres venezuelanas que participam do projeto. O auxílio tem o valor de acordo com a quantidade de membros de cada família das mulheres participantes do projeto. 

  O recurso é um e para que elas possam inicialmente custear as necessidades básicas da família enquanto investem os demais recursos para começar e desenvolver seus empreendimentos.

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